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As Parábolas de Jesus

As Parábolas de Jesus

Por Portal Sermões em 22/05/2024 às 23:13:42

AS PARÁBOLAS DE JESUS Marcos 4.1,2,10,12,33,34; João 13.13

Introdução

As maravilhosas "parábolas de Jesus". Elas eram algo totalmente novo para os habitantes de Israel, na época de Jesus. Estas parábolas têm um cunho absolutamente pessoal, uma clareza e simplicidade sem par, bem como uma pedagogia profundíssima. As parábolas levam os ouvintes a um mundo que lhes é familiar, tudo é tão simples e claro, ao ponto do ouvinte não poder dar outra resposta senão: Sim, de fato é assim!


1. O que é uma parábola? O termo parábola é de origem grega: parabolê. Etimologicamente significa "a colocação de uma coisa ao lado de outra para fins de comparação". Parábolas eram histórias contadas por Jesus para fazer comparação entre o conhecido e o desconhecido. Podemos dizer que as histórias contadas por Jesus tinham como elementos básicos a comparação de acontecimentos terrenos com o Reino dos Céus, sua mensagem fundamental. Através das parábolas Jesus apresentava aos seus ouvintes maneira de comparar realidades eternas com fatos e acontecimentos que lhes eram familiares na experiência diária. Sem dúvida, Jesus foi o maior contador de histórias do mundo. Jesus empregou o método de parábolas ou histórias mais do que qualquer outro método.


2. Como interpretar as parábolas? Interpretar é buscar o sentido original da parábola. Por que ela foi narrada? Qual é o seu alvo principal? a) Deve haver profundo respeito à verdade. Não podemos interpretar o que Jesus disse, ao nosso bel-prazer, desrespeitando o motivo e a verdade de seu ensino. b) Conhecer o significado dos termos, se são literais ou figurados. Para tanto, é necessário um estudo cuidadoso do contexto, do significado dos vocábulos, do uso dos mesmos, do motivo por que os vocábulos são usados e, especialmente, do objetivo do uso dos mesmos e do propósito do autor. c) Descobrir o ensino central da parábola. Toda parábola, por causa do propósito do autor, tem um só ensino fundamental. Portanto, não se deve fazer cada parte ou vocábulo da parábola significar ensino especial. Muitas heresias têm se infiltrado na interpretação da verdade bíblica, as quais têm envenenado a mente e o coração não só dos interessados que buscam a verdade, mas dos crentes, inutilizando-lhes para o serviço do Reino de Deus, e retardando o progresso do verdadeiro cristianismo. Por isso que também a interpretação de uma parábola deve estar em completa harmonia com as Escrituras. Comparar sempre a verdade ensinada na parábola com o ensino total da Bíblia.


3. Como estudar as parábolas A melhor maneira de estudar a Bíblia é pelo método indutivo. Siga os quatro passos:

a) Observação: o que vejo?

b) Interpretação: o que isto significa?

c) Aplicação: como isto se aplica ou funciona na minha vida?

d) Transmissão: a quem vou compartilhar o que aprendi?


4. Classificação das parábolas Podemos dividir as parábolas em três classes:

a) As que descrevem o Reino de Deus No primeiro grupo estão as parábolas que descrevem o caráter especial do reino de Deus, nome que Jesus dava à vida humana debaixo da soberania divina. Sete dessas parábolas se encontram em Mateus 13 e uma em Marcos 4.26-29.

b) As que descrevem a lei do amor e da graça São as parábolas que descrevem sob vários aspectos, a lei do amor e da graça que expressa a natureza mais íntima de Deus, cujo caráter é revelado na pessoa de Jesus Cristo. São os dois devedores (Lc 7.36-50); da ovelha perdida (Mt 18.12-14; Lc 15.4-7); da dracma perdida (Lc 15.8-10); do pródigo e seu irmão (Lc 15.11-32); da grande ceia (Lc 14.15-24) e do bom samaritano (Lc 10.25-37). A estas se poderia chamar de parábolas evangélicas.

c) As que estabelecem princípios de Deus para aperfeiçoar o caráter e a conduta do ser humano Estas parábolas podem ser chamadas de "parábolas jurídicas". São as seguintes: o juiz iníquo (Lc 18.1-8); os talentos (Mt 25.14-30); as dez minas (Lc 19.11-27); o fariseu e o publicano (Lc 18.9-14); o rico e Lázaro (Lc 16.19-31); a figueira estéril (Lc 13.6-9); os dois filhos (Mt 21. 28-32); o rico insensato (Lc 12.13-21); os lavradores maus (Mt 21.33-46; Mc 12.1-12; Lc 20.9-19); as bodas do filho do rei (Mt 22.1-14); as dez virgens (Mt 25.113) e o grande julgamento – as ovelhas e os cabritos (Mt 25.31-46). Agrupadas assim as parábolas, destacam-se três conceitos básicos do ensino de Jesus: primeiro, o seu conceito do que constitui a realidade suprema na vida do ser humano e na história da sociedade; segundo, o seu conceito do amor sem limites como expressão do que Deus é e do que o homem deve ser; e, terceiro, o seu conceito dos princípios de justiça que constituem a economia moral do universo.

(Estudo bíblico ministrado pelo Rev. Paulo Gérson Uliano)



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